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TROMPETE

26/10/2011 17:09

 

Escrito por Elza Costa   

Qua, 24 de Fevereiro de 2010 20:37

 TROMPETE

O trompete era chamado, até o final do século XIX, de trombeta. É um instrumento musical de sopro, um aerofone da família dos metais, caracterizada por instrumentos de bocal, geralmente fabricados de metal. É também conhecido por pistão. O trompete é utilizado em diversos gêneros musicais, entre eles na música clássica e no jazz.

Descrição

É um instrumento de tubo cilíndrico de metal em três quartos da sua extensão, tornando-se, então, cônico e terminando em forma de campana. Desde meados do século XIX (1815), o trompete passou a ter três pistos – daí a ser conhecido por pistão, o que lhe permite produzir cromaticamente todos os sons dentro da sua extensão. Tem um bocal hemisférico ou em forma de taça.

A maioria dos modelos modernos desse instrumento possui três válvulas de pistão, cada uma delas aumentando o comprimento do tubo, por conseqüência baixando a altura da nota tocada. A primeira válvula baixa a nota em um tom – dois semitons -, a segunda em meio tom – um semitom – e a terceira em um tom e meio – três semitons. Usadas isoladamente e em combinação, as válvulas fazem do trompete um instrumento totalmente cromático, isto é, capaz de tocar as doze notas da escala cromática.

História

Os primeiros trompetes eram feitos de um tubo de cana, bambu, madeira, osso e até conchas e, só mais tarde, utilizou-se o metal. Embora os trompetes sejam instrumentos de tubo essencialmente cilíndrico, há trompetes extra-europeus – como por exemplo os do antigo Egito – que são cônicos. Os mais primitivos eram usados como megafone, para fins mágicos ou em rituais: cantava-se ou gritava-se dentro do tubo para afastar os maus espíritos.

A partir da Era do Bronze, os trompetes passaram a ser usados, sobretudo, para fins marciais. Na Idade Média, eram feitos de latão, marfim ou chifres de animais. No entanto, tinham uma embocadura já semelhante à dos instrumentos atuais: bocal em forma de taça. Este bocal era, muitas vezes, parte integrante do instrumento e não uma peça separada, como acontece atualmente.

Até o final da Renascença, predomina ainda o trompete natural ou trombeta natural – aquela que produz os harmônicos naturais. As trombetas menores eram designadas clarino. Era costume, ao utilizar várias trombetas em conjunto, cada uma delas usar só os harmônicos de uma determinada região. Durante o Barroco, os trompetistas passaram a se especializar em cada um desses registros, sendo inclusive remunerados em função disso. O registro clarino, extremamente difícil, era tocado apenas por virtuosos, capazes de tocar até o 18º harmônico. A trombeta natural no registro de clarino tem um timbre particularmente belo, bastante diferente do trompete atual.

O desaparecimento, após a Revolução Francesa, de pequenas cortes que mantinham músicos, foi uma das razões que fizeram com que os executantes de clarino desaparecessem no final do século XVIII. A impossibilidade de produzir mais sons além de uma única série de harmônicos era a maior limitação dos instrumentos naturais. Já no início do Barroco, este problema começa a ser encarado seriamente, surgindo os trompetes de vara.

Existe em Berlim uma trombeta datada de 1615 cujo tubo do bocal pode ser puxado para fora 65 cm, aumentando o comprimento do tubo o suficiente para o som baixar uma terça. Vários instrumentos, hoje obsoletos, foram construídos como resultado de invenções e tentativas, até o aparecimento dos pistões em 1815. Surge então, uma nova era, não só para o trompete, como também para outros metais.

Hoje os modelos de trompete mais usados são os afinados em Dó, com uma extensão em notas reais de Fá sustenido a Ré5, e os afinados em Si bemol, com uma extensão em notas reais de Mi2 a Dó5.

Em ambos os modelos, podem-se distinguir três registros distintos:

. No registro grave – Fá sustenido2 a Si2- a sonoridade é sombria.

. No registro médio – Dó3 a Lá3 – a sonoridade é clara e brilhante.

. As notas mais agudas – Si4 a Ré5 – são brilhantes, mas estridentes.