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TROMPA

26/10/2011 17:12

 

Escrito por Elza Costa   

Qua, 24 de Fevereiro de 2010 20:43

 TROMPA

A trompa é um instrumento de sopro da família dos metais. Os antigos egípcios já a conheciam, passou aos hebreus, aos gregos e aos romanos, sendo hoje um instrumento muito importante na orquestra sinfônica moderna. Consiste num tubo metálico de 3,7 metros de comprimento, ligeiramente cônico, com um bocal numa das extremidades e uma campânula (ou pavilhão) na outra, enrolado várias vezes sobre si mesmo como uma mangueira, e munido de três ou quatro chaves, de acordo com o modelo. O trompista aciona as chaves com a mão esquerda e, com a direita dentro do pavilhão, ajuda a controlar o fluxo de ar dentro do instrumento. É pela ação conjunta das chaves, da mão direita no interior da campânula e do sopro – às vezes da sucção – do trompista que as notas são produzidas em diferentes alturas e timbres. É um instrumento muito difícil de tocar: o trompista não só tem que ter um ouvido afinadíssimo e saber solfejar com precisão, como também tem que ter uma coordenação motora perfeita para controlar os músculos da mão direita e a própria respiração.

O timbre da tropa é rico em harmônicos, assemelhando-se à voz humana. A mão dentro da campana permite uma enorme variedade de timbres.

História

A história da trompa começa há milhares de anos, quando o homem aprendeu a usar chifres de animais como instrumento. Quando se passou a forjar metais, o instrumento deixou de ser feito de chifre, e passou a ser feito de metal. O tubo ganhou extensão, ficando enrolado para ser mais compacto.

Na idade média, a trompa de caça (corno di caccia) era usada pelos caçadores como uma forma de comunicação e sinalização dentro da floresta. O instrumento não passava de um tubo metálico enrolado, com um pavilhão numa extremidade e o bocal na outra. Mais tarde, descobriu-se por acaso que, ao colocar-se a mão obstruindo parcialmente a campana, todos os sons baixavam meio tom, ampliando a gama de sons possíveis na época.

No século XIX o engenheiro alemão Heinrich Stoetzel (1780-1844) teve a idéia de adicionar válvulas que modificavam o caminho percorrido pelo ar dentro do instrumento, alterando a nota emitida. Em um documento datado de 06 de dezembro de 1814, Stoetzel solicita ao Rei da Prússia, Frederich William III, permissão para o uso da trompa à válvula nas bandas militares dos regimentos da corte. Essa mudança demorou a ser acatada pelos compositores, que preferiam a trompa de caça, de som mais puro. A trompa moderna é capaz de tocar todas as notas da escala cromática dentro da sua extensão.

Os judeus ainda hoje usam o shofar, um chifre de carneiro oco com um orifício, que serve de bocal. Esse instrumento é usado nas ocasiões solenes, sendo que seu som tem um significado religioso para os hebreus. As palavras que traduzem “trompa” em outras línguas, como corno (em italiano e espanhol), cor (em francês), horn (em inglês), hoorn (em holandês), significam “chifre” nas respectivas línguas.

A evolução da trompa

ATÉ 1600

Durante séculos, trompas feitas de osso e madeira fizeram parte das culturas antigas, como as dos gregos e etruscos. Um dos ancestrais da trompa na Europa é o olifante, instrumento de sopro árabe feito com uma presa de elefante oca e adornada, que foi dado de presente ao rei dos francos, Carlos Magno.

1600-1700

A trompa atual deriva de um instrumento de caça do século XVII, o cor de chasse (em francês, chifre de caça). Era composto por apenas um tubo, de formato redondo, que terminava em amplo pavilhão. As notas dependiam de seu formato e comprimento, e ele não tocava melodias complexas. Assim, as trompas só eram usadas na composição musical quando a intenção era imitar o ambiente de caça.

1700-1800

Quando, no século XVII, a trompa foi incrementada com mais tubos e roscas, ficou possível alterar os sons. Ela começou a fazer parte da Orquestra Imperial de Viena em 1712 e descobriu-se que, ao colocar uma das mãos no pavilhão do instrumento, era possível alterar a nota original – é a origem da surdina. Já no início do século XVIII foram compostas peças que previam a trompa, como o Concerto de Brandenburgo nº 1 de J.S.Bach.

1800-2007

A maior inovação da trompa se deu em 1815, com a inclusão de válvulas no tubo principal. Inicialmente duas, depois três, as válvulas combinadas permitem um alcance maior de notas, além da execução de melodias cromáticas. Hoje em dia, os avanços acontecem no material usado em sua produção e na parte mecânica.